quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Guião da Aula de 23 de Outubro. Trabalho sobre As Crianças Selvagens e a tendência genética para a sociabilidade

Escola Secundária Aurélia de Sousa, Porto.

Curso Profissional de Turismo, 10ºJ

GUIÃO PARA UM FILME EM

WINDOWS MOVIE MAKER

  • Vê os filmes (perto de 8 minutos) que estão no post em baixo, debate-os com os teus colegas e professor sobre os meninos selvagens e o papel e influência da sociedade na formação da personalidade e no nosso comportamento.


  • Lê com atenção, as páginas 54 e 55 das fotocópias entregues e revê o que demos nas páginas 52 e 53. Os temas são, como sabes, Humanização, comunidade e socialização. O Grupo. As crianças selvagens e a predisposição (tendência) genética para a sociabilidade.

  • Lê, igualmente, estes artigos sobre crianças selvagens: aqui e aqui

  • Podes também ir pesquisar imagens sobre crianças selvagens aqui

Se já tens informação suficiente e, se o tema te interessou, faz o seguinte:

Tenta escrever um guião para um pequeno filme em Windows Movie Maker (WMM) realizado por ti, com a duração mínima de 2 minutos em que resumas, junto com imagens, legendas (texto) e som o seguinte conceito:

«CRIANÇAS SELVAGENS»

Podes utilizar os apontamentos e notas que tiraste nas aulas de Área de Integração ou socorreres-te das fotocópias distribuídas pelo professor.

Como fazer o guião do filme?

  1. Identifica o caso.

  2. Qual a idade da criança?

  3. Qual foi o comportamento da criança quando foi descoberta?

  4. Qual o nome do/s investigador/es?

  5. Quais as tentativas de socialização e quais foram os resultados?

  6. Tenta formular uma conclusão tua.

  7. Não te esqueças de colocar o teu nome e data no genérico do filme, assim como o título no início.
    Exemplo de um guião:

Para as imagens, texto e som que quiseres guardar, a Coordenadora dos Cursos Profissionais, Professora Rosa Lídia, distribuíu uma pen e um lápis por cada aluno/a. Assim, não terás desculpa para não apresentares o teu trabalho na aula de 26 de Outubro (segunda-feira).

Obrigado e bom trabalho.

Prof. António Luís Catarino

O Menino Selvagem de Aveyron


quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Ficha de Trabalho 1

Clica na imagem para ver melhor
A partir das respostas desta ficha tenta construir uma análise sucinta do que é «Ser Pessoa».

«Ser Pessoa», Fábio Vasconcelos


sábado, 10 de outubro de 2009

O que é uma infografia?

A partir do exemplo desta notícia, do Diário de Notícias de 9 de Outubro de 2009, em que o jornal é premiado pelo seu trabalho na área da infografia, podemos concluir que uma infografia é toda a informação que num espaço relativamente pequeno e bem demarcado se pode ter acesso a muitos dados de leitura rápida e clara. Vamos fazer isto na área do turismo?

domingo, 4 de outubro de 2009

Ficha Diagnóstica 10ºJ. Módulo 1.


Fernando Pessoa - Ortónimo

Figura cimeira da literatura portuguesa e da poesia europeia do século XX. O seu virtuosismo foi, sobretudo, uma forma de abalar a sociedade e a literatura burguesas gasta (nomeadamente através dos seus «ismos»: paulismo, interseccionismo, sensacionismo), ele fundamentou a resposta revolucionária à concepção romântica, sentimentalmente metafísica, da literatura. O apagamento da sua vida pessoal não se opôs ao exercício activo da crítica e da polémica em vida, e sobretudo a uma grande influência na literatura portuguesa do século XX.
Fernando Pessoa ortónimo, seguia, formalmente, os modelos da poesia tradicional portuguesa, em textos de grande suavidade rítmica e musical. Poeta introvertido e meditativo, anti-sentimental, reflectia inquietações e estranhezas que questionavam os limites da realidade da sua existência e do mundo. O poema “Mensagem”, exaltação sebastiânica que se cruza com um certo desalento, uma expectativa ansiosa de ressurgimento nacional, revela uma faceta misteriosa e espiritual do poeta, manifestada também nas suas incursões pelas ciências ocultas e pelo rosa-crucianismo.


Fernando Pessoa – Heteronímia

Os heterónimos são concebidos como individualidades distintas da do autor, este criou-lhes uma biografia e até um horóscopo próprios. Encontram-se ligados a alguns dos problemas centrais da sua obra: a unidade ou a pluralidade do eu, a sinceridade, a noção de realidade e a estranheza da existência. Traduzem a consciência da fragmentação do eu, reduzindo o eu “real” de Pessoa a um papel que não é maior que o de qualquer um dos seus heterónimos na existência literária do poeta. São a mentalização de certas emoções e perspectivas, a sua representação irónica. De entre os vários heterónimos de Pessoa destacam-se: Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos.

Segundo a carta de Fernando Pessoa sobre a génese dos seus heterónimos, Caeiro (1885-1915) é o Mestre, inclusive do próprio Pessoa ortónimo. Nasceu em Lisboa e aí morreu, tuberculoso, embora a maior parte da sua vida tenha decorrido numa quinta no Ribatejo, onde foram escritos quase todos os seus poemas, sendo os do último período da sua vida escritos em Lisboa, quando se encontrava já gravemente doente (daí, segundo Pessoa, a “novidade um pouco estranha ao carácter geral da obra”).
Não desempenhava qualquer profissão e era pouco instruído (teria apenas a instrução primária) e, por isso, “escrevendo mal o português”. Era órfão desde muito cedo e vivia de pequenos rendimentos, com uma tia-avó.
Caeiro era, segundo ele próprio, «o único poeta da natureza», procurando viver a exterioridade das sensações e recusando a metafísica, isto é, recusando saber como eram as coisas na realidade, conhecendo-as apenas pelas sensações, pelo que pareciam ser. Era assim caracterizado pelo seu panteísmo, ou seja, adoração pela natureza e sensacionismo. Era mestre de Ricardo Reis e Álvaro de Campos, tendo-lhes ensinado esta “filosofia do não filosofar, a aprendizagem do desaprender”.
São da sua autoria as obras O Guardador de Rebanhos, O Pastor Amoroso e os Poemas Inconjuntos.

Ricardo Reis nasceu no Porto, em 1887. Foi educado num colégio de jesuítas, tendo recebido, por isso, uma educação clássica (latina). Estudou (por vontade própria) o helenismo, isto é, o conjunto das ideias e costumes da Grécia antiga (sendo Horácio o seu modelo literário). A referida formação clássica reflecte-se, quer a nível formal, quer a nível dos temas por si tratados e da própria linguagem utilizada, com um purismo que Pessoa considerava exagerado.
Apesar de ser formado em medicina, não exercia. Dotado de convicções monárquicas, emigrou para o Brasil após a implantação da República. Caracterizava-se por ser um pagão intelectual lúcido e consciente (concebia os deuses como um ideal humano), reflectia uma moral estoico-epicurista, ou seja, limitava-se a viver o momento presente, evitando o sofrimento (“Carpe Diem”) e aceitando o carácter efémero da vida.

Álvaro de Campos, nasceu em Tavira em 1890. Era um homem viajado. Depois de uma educação vulgar de liceu formou-se em engenharia mecânica e naval na Escócia e, numas férias, fez uma viagem ao Oriente (de que resultou o poema “Opiário”). Viveu depois em Lisboa, sem exercer a sua profissão. Dedicou-se à literatura, intervindo em polémicas literárias e políticas. É da sua autoria o “Ultimatum”, manifesto contra os literatos instalados da época. Apesar dos pontos de contacto entre ambos, travou com Pessoa ortónimo uma polémica aberta. Protótipo da defesa do modernismo, era um cultivador da energia bruta e da velocidade, da vertigem agressiva do progresso, de que a Ode Triunfal é um dos melhores exemplos, evoluindo depois no sentido de um tédio, de um desencanto e de um cansaço da vida, progressivos e auto-irónicos.
Representa a parte mais audaciosa a que Pessoa se permitiu, através das experiências mais “barulhentas” do futurismo português, inclusive com algumas investidas no campo da acção político-social.
A trajectória poética de Álvaro de Campos está compreendida em três fases: a primeira, da morbidez e do torpor, é a fase do "Opiário" (oferecido a Mário de Sá-Carneiro e escrito enquanto navegava pelo Canal do Suez, em Março de 1914), a segunda fase, mais mecanicista, é onde o Futurismo italiano mais transparece, é nesta fase que a sensação é mais intelectualizada. A terceira fase, do sono e do cansaço, aquela que, apesar de parecer um pouco surrealista, é a que se apresenta mais moderna e equilibrada. É nessa fase em que se enquadram: "Lisbon Revisited" (l923), "Apontamento", "Poema em Linha Recta" e "Aniversário", que trazem, respectivamente, como características, o inconformismo, a consciência da fragilidade humana, o desprezo ao suposto mito do heroísmo e o enternecimento memorialista.
Destaca-se ainda o semi-heterónimo Bernardo Soares (semi "porque - como afirma o seu próprio criador - não sendo a personalidade a minha, é, não diferente da minha, mas uma simples mutilação dela. Sou eu menos o raciocínio e afectividade."), ajudante de guarda-livros que sempre viveu sozinho em Lisboa. Desde 1914 que Pessoa ia escrevendo fragmentos de cariz confessional, diarístico e memorialista aos quais, já a partir dessa data, deu o título de Livro do Desassossego - obra que o ocupou até ao fim. É neste livro que revela uma lucidez extrema na análise e na capacidade de exploração da alma humana.

Questões de Orientação
1. Escreve os traços gerais da personalidade de Fernando Pessoa.
2. Enumera os diferentes heterónimos deste autor.
3. Explica por que razão ele os criou.
4. Estabelece a personalidade de cada um dos seus heterónimos.
5. Diz com qual personalidade te identificas mais.